terça-feira, 30 de novembro de 2010

Breves reflexões sobre a operação policial na Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão

Após conversar e me informar com uma amiga, ler reportagens sobre as fugas de bandidos no Complexo, um texto de Luiz Eduardo Soares sobre segurança pública carioca e a mídia, essa postagem sobre a exclusão social dos moradores de favelas, sobretudo do Complexo, essas perguntas sobre a violência atual no Rio de Janeiro e outro sobre o ataque do Comando Vermelho, percebi que acho tudo muito estranho e desconexo...

Primeiramente, achei super estranho o início da história, em que bandidos mandavam passageiros e motoristas descerem dos ônibus para, só após, atearem fogo nos veículos (prática incomum, já que, para eles, o mais importante é o tamanho do estrago e não a vida);

Também achei muito estranho que na fuga os policiais conseguiam atirar somente nas pernas de alguns bandidos (prática incomum, já que, para eles, o mais importante é o tamanho da chacina e das atrocidades e não a vida);
Também estranhei que o único helicóptero blindado estava em manutenção, justamente durante a ocupação, impossibilitando uma ação mais profícua;
Achei estranho que, mesmo conscientes da grande operação que fariam e dos riscos aos quais as redes de tvs corriam, até às 17 h. da quinta-feira a Globo e a Record puderam filmar, levando-nos a testemunhar (essa palavra não foi escolhida em vão) a benevolente operação, "sem derramamento de sangue";
Estranho também que não tenham cercado o Complexo do Alemão, já que aquela estrada e a mata que liga a Vila do Cruzeiro ao Complexo (pela qual os traficantes fugiram) são conhecidas por todos os interessados naquela situação, inclusive a polícia;
Acho muitíssimo estranho que tantos homens ainda não tenham sido encontrados, já que para a polícia “missão dada é missão cumprida”, ou seja, eles afirmam ter como um de seus objetivos, prender os grandes traficantes, mas só prenderam bandidos insignificantes e o Zeu (será que era para exibí-lo como troféu para os telespectadores e aliados da Rede Globo?);
Estranhei os bandidos só deixarem para trás drogas e armas e nenhum dinheiro; será mesmo que os bandidos conseguiram levar toda a grana ou era tanto arrego que não tinham mais nada?
Também acho estranho que os policiais rapidamente tenham deixado de lado suas diversas e constantes práticas desonestas pelo bem-estar dos favelados, que por diversas vezes (e já vi e vivi barbaridades na favela em que atualmente resido) foram alvo (outra palavra que não foi escolhida em vão) de seus preconceitos e abusos.

Como observadora, sei que a própria polícia responderá meus questionamentos e, como curiosa, procurarei saber um pouco da realidade que me é escondida por eles; quer dizer, o que começou a ser revelado já inicia a elucidação de meus questionamentos…

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Calendário de aniversário de escritores

Sempre desejei um calendário com os aniversários dos escritores. Não sei se esta ideia é original, mas pra mim é muito interessante e útil. Inclusive, encontrei um blog-calendário, o O Calendário.

JANEIRO
5/01 - Umberto Eco (1932)

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL
18/04 - Monteiro Lobato (1882);
19/04 - Manuel Bandeira (1886);
20/04 - Augusto dos Anjos (1884);

MAIO
11/05 - Rubem Fonseca (1925);

JUNHO
27/06 - Guimarães Rosa (1908);

JULHO

AGOSTO
20/08 - Cora Coralina (1889);

SETEMBRO
10/09 - Ferreira Gullar (1930);

OUTUBRO
19/10 - Vinicius de Moraes (1913);
24/10 - Ziraldo (1932);
31/10 - Carlos Drummond de Andrade (1902);

NOVEMBRO
7/11 - Cecília Meireles (1901);
17/11 - Raquel de Queiroz (1910);

DEZEMBRO
10/12 - Clarice Lispector (1920);
13/12 -Adélia Prado (1935);


Soneto de aniversário

Vinicius de Moraes


Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

(Rio, 1942)


Texto extraído da antologia "Vinicius de Moraes - Poesia completa e prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 451.

Disponível em: http://www.releituras.com/viniciusm_aniversario.asp Acessado em: 19/11/2010.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Dica para professores

Caros professores leitores,
a Universidade Veiga de Almeida promoverá o V Fórum de Pedagogia - Desafios da Educação Contemporânea: Tecnologia, Inovação e Sustentabilidade. Será dia 27/11/2010, das 07:30 às 18:00 h.
Para maiores informações, acessem http://uvaonline.uva.br/mkt/site_conteudo/eventos3.asp?id_evento=15574

Abraços!